sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Mudanças..

boas lembranças ficam, mas mudei, um pouco, e não pretendo mais manter esse blog..












agora estou em:
http://quasefuga.blogspot.com


até qualquer dia, amigo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Decadência.

Músicas imundas ecoam por ruas não menos fétidas, enquanto fetos mal formados brindam à sua superioridade com bebida barata e, aos poucos, tudo mais desvanece.

O tempo passa e vem chegando o dia em que o supérfluo se tornará fundamental, mas ainda há uma chance de retomar a sobriedade, para trazer tudo à foco e fazer com que as pequenas lanternas que carregamos adquiram, juntas, força para sobrepujar a escuridão iminente.

Se quisermos, se tentarmos..

domingo, 18 de maio de 2008

tempo, tempo, mano velho..

Rabisco simples palavras pra passar o tempo
Tempo precioso, tempo, escasso tempo.
Vocábulos fluem por linhas tortas
em uma inconstância estável
hoje, agora, talvez amanhã, sempre.

O tempo passa, despassa,
voa, flui, escorre por entre meus dedos
enquanto me distraio, rabiscando,
desperdiçando o pouco que me resta
não, isso não é verdade...

Pouco, muito, muito pouco
sem limites, tempo
divisões, estágios, condições
evolução?

retrocesso, progresso, instabilidade
egoísmo, insanidade, roubaram o bom senso
e o tempo?
o tempo passa, pára, não passa
não voa, não flui, não existe
e o tempo?
eu perco o tempo, eu passo o tempo
desperdício?

terça-feira, 29 de abril de 2008

Introspecção.

Sentado em sua cama reflete sobre tudo que passou, tudo que passa e ainda há de passar. O emprego, o estudo, os amigos, a namorada, os planos para a semana seguinte, os novos hobbies, as dúvidas que o atormentam constantemente, as memórias que somem e não retornam jamais, enfim, pensa em tudo que pode pensar, tudo que puder lembrar. Se diverte com a sua própria imaginação, com a suas próprias emoções.


Busca verdades onde não há nem sequer perguntas. Mentiras onde tudo, tudo mesmo, é verdade. Busca tempo, paz, calma, respostas - Ah, as respostas. Busca mais, muito mais, busca uma maneira eficaz de agir, de provar para todo mundo que está certo, que toda essa pseudo-tolerância impregnada e imposta não retroagirá por si só.


Sai de casa e abstêm-se a observar as pequenas coisas, geralmente ofuscadas pelo todo que compõem. Nesse momento, lhe basta apreciar as flores das praças, árvores e jardins alheios. Tudo o mais, aqui e agora, é supérfluo.


Sua alegria não depende de coisas grandes. Não, não mesmo. Lembra da sua namorada, dos seus textos, seus amigos, sua mochila nova, seus CD’s, o filme do final de semana, os vários livros que compra e quer comprar, a seqüência de acontecimentos favoráveis que lhe permitem fazer algo muito desejado e até mesmo do azar que teve, dos problemas, que na hora atormentaram, mas agora, analisados sob outro prisma, parecem engraçados e necessários à evolução, ao novo. Afinal, a melhor felicidade é a nossa, mesmo que tenhamos que rir sozinhos da piada que contamos.


Lhe ocorre que já é tarde, que é hora de se retirar da rua. Que precisa dormir, pois amanhã e segunda-feira, é dia de trabalhar, de estudar, de acordar cedo. Volta pra casa, liga o rádio – demora um pouco, mas escolhe Zeppelin e deixa Beatles pra outro dia, senta em sua cama e continua a refletir.


Reflete tudo que passou, tudo que passa e ainda há de passar...

segunda-feira, 31 de março de 2008

Amor Próprio.

Sheidy Stars, esse era seu nome. Na verdade, não era, mas era assim que todos a conheciam e que ela queria ser conhecida, pois seu real nome não possuía o brilho digno de sua dona.


Suas opiniões oscilavam entre o amarelo-musgo e o verde-bordô, última tendência da moda em roupas íntimas na Europa e América do Norte, respectivamente.

Divertia-se em dialogar sobre a vida alheia, onde quer que fosse, com quem fosse, sobre que fosse... O importante era a troca constante de conhecimento e cultura.


Nada poderia quebrar a sua rotina inabalável. A mesma regra valia para a sua dieta, baseada nas barras de cereais da Gimenez e água morna. Um dia, porém, algo veio a sua cabeça, literalmente: um cravo tão grande, preto, bem localizado e repugnante quando se pode imaginar.

Já tentou pomadas, remédios naturais, simpatias, rezas, compressas, massagens, variações na sua dieta e tudo o mais que conseguiu imaginar.

Detarmologista? Que diabos é isso?

Médico? Como ela poderia ir até o consultório naquele estado? Definitivamente, não! Ela não poderia sair de casa assim! O que seria da sua reputação com aquele pequeno monstro a solta? Sua vida social iria para o espaço..

Passou a amaldiçoar a sua vida. Não havia mais razão para alongar todo esse sofrimento, já que até as jóias que carregava no pescoço estavam ofuscadas.

Acabou apelando para novos remédios mais fortes – mais bonitos, pois o preto realçava a beleza da embalagem - que descobriu na internet. No seu orkut, descobriu que se chamavam sedativos. Ingeriu dois, pra garantir.

- “nossa, parece que já está fazendo ef...” – E desmaiou.

Acordou, depois de muito tempo, e apalpou a sua testa. Incrível! Não havia mais o pequeno monstro! Que remédio Fantástico!

Sua vida voltou à rotina, à dieta e tudo mais. Tudo permaneceu em paz por algumas semanas, até que dois cravos e uma espinha apareceram.


Mas agora tudo estava calmo, ela já sabia o que fazer. Calculou a dosagem de acordo com o tamanho da gravidade e ingeriu o que julgou suficiente..

-“Sete comprimidos devem bastar..”

quinta-feira, 27 de março de 2008

"Polícia que mata e tortura não tem saída" - Yuka

Crítico das ações violentas em favelas, o músico e ativista diz que o Rio faz há 300 anos a política de responder a tiros com mais balas.

Por FRANCISCO ALVES FILHO


Segurança pública é, para o músico e compositor Marcelo Yuka, um refrão recorrente em suas letras carregadas de crítica social - aliás, é um refrão em sua própria vida. Em novembro de 2001, ao tentar socorrer uma mulher durante um assalto, ele levou seis tiros que o deixaram paralisado da cintura até os pés. Apesar de viver entrevado numa cadeira de rodas, ele conseguiu retomar a carreira. Apesar de ser vítima da violência, ele conseguiu manter o senso de legalidade e justiça que sempre o norteou. Prova disso é que Yuka, fundador da banda O Rappa, mostra-se indignado também com a violência das ações da polícia do Rio de Janeiro, que, do início deste ano até o mês de setembro, já resultou na morte de 961 "suspeitos". Ele se diz estarrecido com as declarações do governador Sérgio Cabral, que legitima essas operações defendendo até a legalização do aborto para as mulheres de áreas carentes como forma de diminuir a violência. "Isso é muito grave, trata-se de eugenia", diz Yuka. O músico criou um movimento que congrega juristas, acadêmicos e artistas para denunciar essa situação e foi recebido pelo relator da ONU, que investiga os excessos da polícia carioca. Nesta entrevista, Yuka critica a criminalização da pobreza e lamenta um equivocado consenso da sociedade - o de que a violência urbana só pode ser resolvida pela força.


ISTOÉ - O que o levou a criar um movimento contra conceitos e políticas de segurança mais ostensivas ou violentas?
Marcelo Yuka -
Quando o governador do Rio defendeu o aborto para a população pobre, como meio de combate à violência, eu achei um absurdo. Era o ventre pobre sendo tratado como gerador do crime.


ISTOÉ - Outras personalidades e políticos, não só no Brasil mas também em outros países, já defenderam teses semelhantes.
Yuka -
Um secretário de Educação do ex-presidente americano Ronald Reagan, chamado Bill Bennett, foi à televisão e disse que para reduzir a violência seria necessário facilitar o aborto para a população negra. Isso causou uma enorme revolta e ele sofreu grande retaliação. Aqui, um governador diz uma coisa dessas, como disse o governador Sérgio Cabral, e não há reação. Fale algo assim em Israel, na Alemanha e veja o que acontece. Essa idéia equivale a criminalizar o pobre, que é a maioria da população.


ISTOÉ - Considera-se o principal crítico dessas políticas de segurança?
Yuka -
Eu não me sinto assim. Mas, se ninguém protesta, eu pego o telefone e começo a me articular. Estava em São Paulo, numa reunião da Associação de Juízes pela Democracia, quando comecei a ter essa reação. Notei que, para cada pessoa que eu mandava um e-mail, ele se multiplicava por três. Não só entre pessoas físicas, mas também em instituições.


ISTOÉ - Há críticas suas à ação na Favela da Coréia, em que policiais atiraram de um helicóptero para matar dois rapazes. A polícia justifica dizendo que eles estavam armados.
Yuka -
Juridicamente, o policial pode atirar em alguém se está em risco de morte. Ali, o atirador não queria se defender, estava caçando uma pessoa em fuga. Isso não pode ser uma coisa menor. Assim como a proliferação dos autos de resistência (documento em que a polícia justifica a morte de alguém como legítima defesa). É preciso cumprir a lei. A idéia de que o traficante, por ser traficante, tem de morrer nas operações policiais é algo absurdo.


ISTOÉ - Na prática, como se dissemina essa idéia?
Yuka -
Se um pai reclama que o filho morreu, logo perguntam: "Seu filho estava envolvido com o tráfico?" Se a resposta é positiva, respondem com desdém. "Ah, então...". Eu pergunto: então, o quê? Tenho um primo que está desaparecido há oito anos. A mãe dele foi aos órgãos de segurança para registrar o sumiço e quando souberam que o rapaz tinha 19 anos e o fato aconteceu no subúrbio do Rio automaticamente concluíram que ele estava envolvido com drogas. Isso está virando senso comum. Se mora no morro, na periferia, pode morrer, pode sumir. Se mora em área pobre, é traficante e, se é traficante, pode morrer. Agora piorou: se está no útero da mãe que mora em área pobre, pode morrer.


ISTOÉ - Imagina um mundo sem cadeia e polícia?
Yuka -
Eu gostaria que aqueles que fizeram isso comigo estivessem na cadeia. Mas sei que não foi uma ação somente de um homem contra mim. Foi uma ação do homem e também do sistema, foi isso tudo que desabou sobre mim naquele momento. Mas justiça não é vingança. O cara não tem de pagar nem menos nem mais do que a punição prevista na lei. Não quero o criminoso solto, não quero o traficante solto. Quero que estejam presos.


ISTOÉ - O que diria a quem afirma que sem confrontos não há solução para a criminalidade?
Yuka -
Parece aquela frase gritada pelo Caveirão: "Saiam das ruas que eu vou roubar a sua alma." Isso não é trabalho de inteligência. Outra constatação básica: é fácil falar que vai haver vítimas, uma vez que não é a filha do secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, que pode morrer inocentemente porque estava em meio a um tiroteio.


ISTOÉ - E a proteção da população?
Yuka -
Mas, se uma criança do local morre com uma bala na cabeça, que tipo de segurança é essa? As autoridades reconhecem que nessas ações vai haver baixas. Mas baixas entre a sociedade civil que não tem nada a ver com isso? Para quem é essa proteção? Até quando teremos isso? A tal bala perdida virou ente abstrato, um anjo que levou o filhinho da moradora do morro. Algo sem pai, sem autor, ninguém investiga.


ISTOÉ - Como a sociedade reage?
Yuka -
Existe uma coisa no ar, parece que é hora de assumir que o cerol (gíria para extermínio) está certo. É o filme Tropa de elite, o aplauso ao capitão Nascimento, são as cartas de alguns leitores apoiando esse tipo de operação. É aquela mensagem divulgada no filme de que é melhor ter um policial torturador e assassino que um policial corrupto. Ninguém tem coragem de tomar atitudes modernas, progressistas. Há quanto tempo a gente responde a bala com bala? E o que resolveu? Estamos fazendo o mesmo que fazíamos há 200 anos, há 300 anos. Combatemos o crime aqui do mesmo jeito que a volante (polícia móvel do Nordeste) caçava Lampião. Antigamente, a polícia truculenta tinha de se explicar. Hoje parece que todos endossam isso.


ISTOÉ - Por que a população aceita e, algumas vezes, até apóia essa violência?
Yuka -
É preciso entender que vivemos num mundo onde tudo é interligado. Tratar de ecologia é pensar que a emissão de gás carbônico na cidade de Detroit pode afetar a temperatura de Bali. As pessoas têm de perceber que existe um equilíbrio urbano. A arbitrariedade praticada lá no Complexo do Alemão (favela carioca) vai acabar afetando o Leblon (bairro nobre do Rio). Esse entendimento ainda não houve. Como se pode achar que tudo em volta é caótico e desequilibrado e só no quintal da nossa casa as coisas vão permanecer tranqüilas e equilibradas?


ISTOÉ - Como vê os aplausos ao estilo do personagem Capitão Nascimento, do filme Tropa de elite?
Yuka -
Não sou a favor de uma polícia corrupta. Mas os policiais corruptos ainda têm um jogo de cintura, algum diálogo. A polícia que tortura e mata não tem saída. Quando ela erra, os prejuízos são irreversíveis. Tem um outro fenômeno crescente no Rio, que é a milícia. Esses milicianos matam, exploram negócios ilegais e têm braço político. Quantos estão presos? Não há confronto entre polícia e milícia. Está voltando o glamour dos Homens de Ouro, de Mariel Mariscott (grupo de policiais que nos anos 50 exterminava os bandidos), aqueles que matavam, mas tinham um quê heróico.


ISTOÉ - Boa parte da população acredita que essas ações diminuam a criminalidade.
Yuka -
Aposto que, se voltarmos nessas comunidades onde há operações truculentas, o tráfico continua. Então, qual o resultado dessa ação? Onde está o êxito, mesmo do ponto de vista policial? Me lembro quando a polícia tomou a favela de Vigário Geral e ficou lá dentro. Quinze dias depois, já estavam vendendo baseado. Montaram um quartel da PM dentro da favela Nova Holanda; a cerca de 100 metros se compra um baseado. Qual foi o sucesso? Mas teve baixas, gente que morreu sem ter nada a ver com o confronto.


ISTOÉ - Não acha que o apoio da população também acontece porque ela se sente acuada com a escalada da criminalidade?
Yuka -
Se alguém mata um assaltante, amanhã vão ser dois. Você "mata" um assaltante, de verdade, dando-lhe oportunidade e tirando-o do tráfico. Porque, com essa prática atual, o cara armado está ficando mais aguerrido: ele sabe que vai morrer. Ele está mais destemido e menos preparado para portar uma arma. Não acho que estou sendo bondoso pensando assim. Apenas me nego a ser estúpido. Ou vamos continuar tentando resolver esse problema da mesma forma como fazemos há 300 anos sem dar resultado? A estratégia de dar oportunidades, educação, nunca foi tentada. Então, quero experimentar essa outra fórmula para ver se dá certo. Não sei como viabilizar o combate à violência sem tratar de educação. Em vez de eugenia, vamos instalar escolas de qualidade. Essa fórmula nem foi colocada em prática e já se cansaram dela?


ISTOÉ - Não acha que as entidades que defendem os direitos humanos se esquecem do policial, que coloca a vida em risco?
Yuka -
Essa meta do governo do Estado arrisca os inocentes, implanta a pena capital num país em que ela não existe e põe muito mais em risco o policial. Acho que a própria polícia deveria se organizar contra isso. Estou me movimentando como cidadão, porque estou no fogo cruzado e não ganho salário de policial e também não ganho dinheiro com a ilegalidade do tráfico. O policial também é vítima e essa política da Secretaria coloca todo policial como inimigo daquele que mais se parece com ele, da mesma classe social, que mora no mesmo lugar. O que se pede é que o lado pior desse policial venha à tona. Quando um policial morre, a família acha que quem o matou foi somente o bandido. Não. Quem colocou aquele cara numa operação daquela, sem preparo, sem aparelhamento?


ISTOÉ - O secretário Beltrame diz que o Rio se acostumou a uma desorganização que alimenta a criminalidade.
Yuka -
Acho que a coisa mais bizarra é o morador do Rio se acostumar com a seqüência de mortes. Como nessa cidade os ricos e os pobres estão muito próximos, por causa da geografia, todo mundo está ouvindo o barulho das balas. E se acostumar com isso é muito pior do que se acostumar com o camelô, com o cara que atravessa o sinal vermelho. Eu não quero viver numa sociedade desorganizada, mas qual o preço que se vai pagar por essa organização? E quem vai pagar esse preço?


ISTOÉ - Acha que em outros Estados brasileiros a criminalidade está sendo combatida adequadamente?
Yuka -
São poucos os lugares que estão aplicando uma política de segurança diferente dessa que se vê no Rio. Usar o auto de resistência para justificar assassinatos é uma prática que se vê em todo o País. O Espírito Santo usa muito isso, em Pernambuco a polícia utiliza esse expediente muito mais que no Rio. As vítimas são sempre o povo pobre, gente da periferia. É fácil aprender pela dor, pelo amor é mais difícil. Eu temo que somente quando houver uma jovem branca, bem nascida, atingida por uma bala perdida é que vamos ter pressão social suficiente para questionar essas ações policiais. Porque quando chega nesse nível aí tem pressão social, passeata. O governo federal está endossando o que está acontecendo, não está propondo saídas mais inteligentes.


Essa entrevista foi publicada na revista ISTOÉ, de novembro de 2007 que, além da entrevista, tem muitas coisas boas.. acho que é uma das melhores edições que já li.


Enfim, é um pouco extensa, mas espero que tenham gostado da entrevista, pois eu gostei.. e muito.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Leitura do Dia.

"Mas a insensatez do mundo não tem mais limites nem nem fronteiras. Penso nessa arrogante insensatez dos sabichões, uma espécie de miopia do engenho, tão maravilhosamente subdesenvolvida entre aborígenes, maoris e malanésios, antes de eles se transformarem em apêndices do homem branco. Penso na insensatez da cobiça e do lucro. Hoje em dia se empregam eufemismos como 'globalização' e 'acordos comerciais'. Isso implica que a comida já não se define como alimento, e sim como mercadoria."


Maya - Jostein Gaarder.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Subjetividade.

Meias palavras

Expressões vazias

Divagações Interrompidas

Inconstantes

Instáveis

Incompreensíveis

O belo, o feio, o não visto

Não explicam

Tudo, nada, qualquer coisa

Aqui, ali, depois, agora.

Palavras não bastam

Tudo é subjetivo..
















..e a subjetividade é tãão linda!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Never Press It.

Divagava constantemente imaginando tudo que fosse possível, por entre prédios e altos muros que lhe pareciam intransponíveis.


Não que não se importasse com a sua condição, mas também não pretendia fazer nada trabalhoso para mudar a sua condição.


Vivia um dia por vez, depois outro, e outro, e assim levava sua vida, calma vida. Não que fosse triste, mas também não era feliz. Tudo que possuía era sua fértil imaginação, que lhe proporcionava certo conforto e lhe acalmava um pouco o espírito.


Aos 12 perdeu os pais, aos 13 sua casa, aos 15 sua melhor amiga, aos 17 a saúde e aos 19 tudo o que restava da sua dignidade.


Nem tudo pode ser perfeito e ela sabia muito bem disso, bem até demais. Depois de muito pensar em vão, enfim encontrou algo útil pra se ocupar, encontrou amigos, uma nova família e tudo mais..


Sua vidinha de merda se tornou um pouco mais divertida, um pouco mais aceitável e seus devaneios, muito mais produtivos. Eis que, nessa fusão de idéias, dúvidas, palavras abstratas e ruídos afins, eis que surge algo novo..


Um botão. Simples, chamativo, misterioso e, como se não bastasse, vermelho. Era surpreendente a capacidade de um simples botão monopolizar todos os seus pensamentos. Passado algum tempo, não resistiu e acabou exercendo o pouco de humanidade readquirida, sua curiosidade, e então..


Apertou o botão.


Fim?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Brain Damage!


Enfim, a boa noticia!

O fórum já está funcionando, mesmo que ainda esteja passando por alterações..

Filosofia, Musica, Literatura, Filmes!

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